quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Miau...

"Nunca pude tirar a minha máscara, todos os dias o mesmo, passam pessoas, passam carros ,o sol brilha da mesma maneira sempre: Nada muda. Dizem que nesta vida nada é eterno, mas a monotonia a que estou sujeito todos os dias revela uma realidade diferente. As mesmas cadeiras, as mesmas cervejas, por mais que tente, não consigo fugir a uma continuidade igual no meu dia-a-dia. Mas por fim, acho algo rompeu todos os sentimentos cronológicos diários. Ela apareceu com aquele sorriso suave, deu-me os ""bons dias"" e senti que deitou abaixo todo equilibrio constante e previsível matinal. Desde que a vi que senti que havia algo diferente. Embora eu saiba que não dá, não posso deixar de me viciar nesse sentimento, como a droga mais gulosa que existe. Timidamente trocamos olhares por entre os cabelos. Por um momento parece que o mundo é meu, mas rapidamente afastamos os olhares, e pelo menos eu, finjo que nada aconteceu. Ela continua sentada umas mesas á minha frente, e eu continuo com os meus cigarros e com a minha cerveja em cima da mesa.
Chegam mais pessoas, e o café enche. Por entre as pessoas, procuro o azul com ela me fitava. Levanta-se, e assim que o faz, a minha cadeira estremece. Eu sei que nada simboliza, o facto de apenas olhar para ela, mas neste momento, é apenas isso que me interessa. Não quero que ela se vá embora. Queria ficar aqui anos a olhar para ela. Basta-me um olhar correspondido para me despertar um sorriso, e vejo nos seus lábios, que também ela exterioriza alguma felicidade.
Mas não interessa... nada disto interessa, nada disto vai corresponder, nada disto se vai concretizar, e por isso, prefiro não pensar sobre o futuro. Mas por mais forte que seja essa sentimento, não consigo evitar pensar como seria daqui a alguns anos, se estivesse com ela. Não consigo deixar de pensar como seriamos nós sentados num banco de jardim, com cabelos brancos, a relembrarmo-nos juntos como tinha sido aquela tarde, naquele café. Como eu sonho que nesse momento ela me revelasse que naquele dia, ela se sentia como eu. Como também se encolhia quando olhava para mim com receio de não ser correspondida, e seria aí que lhe diria que ela foi sempre correspondida.
Mas tenho de despertar. Os meu colegas chegam ao pé de mim com o almoço nas mãos. Descasco uma castanha e levo-a á boca. Enquanto saboreio este fruto seco, desejo sentir outro sabor. Levanto a cabeça e volto a olhar para ela. Ela nem repara, continua alegremente a falar e a rir. Vou-me despedir. Vou passar por ela e despedir-me, e pensar ou sonhar que ainda há-de vir o dia. Tudo vale apena quando a alma não é pequena..."



A pedido de alguns publiquei este texto...a pedido de alguns, sobretudo daquela parte dentro de mim que se tenta revelar todos os dias...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Palavras para que...

Naquela manhã o sol estava quente debaixo daquele carvalho antigo. Ele olhava para ela enquanto esta dormitava, saboreando o vento que lhe trazia notícias de outro mundo que ela desejava muito conhecer. Ele acordou cedo para vir ter com ela, dando uma desculpa qualquer á saida de casa. Ela encarou o facto como sendo uma reacção normal do seu amigo. As nuvens encobriam, por vezes o sol, refrescando por momentos a face dela que era minuciosamente observada. Sempre quis ter um momento daqueles com ela. Sonhava com ela, apaixonara-se á alguns meses e desde aí os seus olhos brilhavam assim que a viam. Aquele cabelo da cor do café, e aqueles olhos verdes penetrantes que lhe davam a impressão de poder descobrir o futuro. Ela vestia um vestido de seda branco, ele um par de jeans lavados e a sua t-shirt favorita. Nenhum ousava falar...ambos queriam aproveitar aquele momento, e tinham medo de o estragar com alguma palavra desapropriada. Enquanto o seu vestido dançava com o vento, um pequeno sorriso morreu na cara dele assim que notou que apesar dos seus esforços, pouca atenção ela lhe dava. Sempre quis que ela notasse o que ele sentia por ela, o que ele era capaz de fazer por ela, mas neste momento ja se contentava apenas por ela reconhecer a sua existencia. É duro não ser correspondido, e infelizmente ele já se começava a habituar aquela sensação.
A uma dada altura, as curvas mudam de sentido, onde antes havia branco de seda, agora existe relva, e aquela pequena sombra desaparece para dar vida a uma silhueta por cima dele. Ele não fala, ela não quer que ele fale, e beija-o como se nunca tivesse beijado ninguém, entrega-se a ele como nunca mais se iria entregar na sua vida. Aquele momento seria recordado durante anos por ambos, mas naquela data, ela move-se para o canto de onde veio, e ele permanece quieto, olhando de olhos muito abertos e surpreendidos o céu, no sitío onde estiveram antes os seus olhos. O coração acalma...ele volta a fechar os olhos e sonha, desta com razão para o fazer. A rapariga sorri, vendo o ar feliz do seu companheiro...retomam ambos as posições em que estavam á uns minutos atrás, agora mais felizes e completos. Não foi preciso uma palavra, não foi preciso quebrar aquele silencio que tornava tudo mais perfeito, foi apenas preciso mostrar o que se sentia...e isso há-de ser sempre o fundamental!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A poção mágica dos tempos de hoje

Sempre ouvi dizer que "querer é poder!" mas nunca soube interpretar esta frase muito bem. Como assim? Eu quero uma vida cheia, quero alguém para poder partilhá-la, quero os meus momentos de glória, e as minhas lições de vida. Quero aventuras perigosas e até vir a ser uma lenda que é contada aos mais novos pelos respectivos avôs numa noite de verão. Quero isso tudo mas sei que se conseguir fazer um décimo do que quero, posso-me considerar uma pessoa feliz. Já não é tempo de se ser uma lenda, de derrotar os nossos medos e enfrentá-los com uma espada. Já passou a Era das estórias e das fábulas encantadas, das paixões encontradas num jardim de bambu ao pé do lago, do tempo em que aclamam os heróis por feitos inimagináveis. Enfim acabou para mim um dos mundos mais perfeitos que existiram. Mas não fico triste nem desolado. Embora a essência do meu desejo já não poder ser real, eu acho que existe ainda algo que pode tornar os meus sonhos realidade. Algo que aprendi comigo mesmo que existe, embora eu não lhe tenha ligado muito devido ao meu pensamento calculista e minucioso sobre cada situação. A força de vontade... Essa força que nos move, quando evocada consegue destronar e desiquilibrar qualquer balança existente no nosso ser. Tal como qualquer sentimento, tem sempre de ser aperfeiçoado e limado de arestas, mas assim que desenvolvido torna-nos numa espécie de semi-deus, num ser que consegue fazer o que deseja, onde as suas intenções são absolutas. De um ângulo diferente até podemos dizer que conseguimos manipular a própria sorte, pois por muita vontade que tenhamos a sorte pode ser um factor fundamental.
Quem sabe se um dia não hei-de conseguir achar o meu jardim de bambu, a minha espada enferrujada, o papiro que contem o meu nome escrito ao lado de um feito que muito poucos conseguem...quem sabe. Mas antes de tudo isso temos de aperfeiçoar a nossa vontade de querer, temos de estar dispostos a desistir de tudo em prol de um bem maior. Temos de senhores de nós mesmos.
Até parece...até parece que já consigo ver o meu jardim...

domingo, 14 de setembro de 2008

Á espera da tal...

Antes de mais queria pedir desculpa pela minha ausencia. As férias retiraram-me muito do tempo que tinha para escrever, mas em contrapartida, forneceram-me novas ideias para este blog, novas emoções e novos conceitos que abraço e concordo. Uma delas é aquela que vos vou falar agora. Quando uma pessoa, não importa qual, tem muitos azares amorosos na vida, cria uma espécie de barreira psíquica defensiva com o objectivo de se isolar perante o mundo. E é normal, pois ninguém gosta de sofrer, de ver as suas ideias e aspirações recusadas. E a partir daí cria-se um ciclo vicíoso bastante curioso. Nesse momento, essa pessoa passa a ser um "ser" numa paragem de autocarro com destino á felicidade, mas recusa-se a entrar nele. E fica ali, espera, espera até um dia encontrar a outra parte de si que lhe falta e que o completa: a sua alma gémea. Vamos tomar como exemplo um rapaz de modo a facilitar a minha escrita e a compreensão do leitor. Um rapaz como tantos outros, que passa na rua e vê uma rapariga atraente. Ohh que jubílio, era com ela que ele gostava de estar, era com ela que ele gostava de partilhar uma data de emoções, todo aquele amor que ele tem guardado dentro dele. Sente um fluxo de sentimentos que o acompanham até...encontrar outra rapariga. Mas no final ele acaba por rejeitá-las, e acaba por concluir que não seriam elas as pessoas adquadas. Estranho, não é?! Etranho mas não de todo louco. Porque é difícil conter o amor que temos dentro nós, todo aquele amor e carinho que "guardamos" para uma pessoa especial , e passado um tempo ele vem ao de cima cuasando um misto de sentimento de partilha obrigatória, mas por outro lado a reflecção se de facto tal pessoa é merecedor do que temos para oferecer. E assim essa pessoa vai deambular por este mundo á procura de outra com que se sinta feliz mas vai recusar qualquer hipótese que tenha de ser feliz. É um bocado macabro, talvez até cruel e insensato, mas acontece com uma regularidade assombrosa. Enfim, reconheço que talvez não tenha sido o melhor tema de regresso mas ainda assim foi a minha maneira de dizer: estou de volta!

domingo, 20 de julho de 2008

Perspectivas nas maiores cegueiras

Engraçado que quando estamos mais alucinados, mais sentido tem tudo aquilo que não tem sentido, e a partir daí damos graças á nossa imaginação e ao nosso espírito e vivemos de outra maneira. Não foi fácil para mim entender isto á primeira, mas com um enorme interesse, não tanto pela filosofia isolada mas pela gestalt que existe entre a filosofia e a pessoa em questão, eu descobri um lado novo da vida por assim dizer e como diz aquele brilhante poeta Sérgio Godinho:

"Conheço tão bem esses olhos
e nunca me enganam,
o que é que aconteceu, diz lá

é que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa
no mundo não há."

Estou convencido que de alguma maneira algo ou alguém me ouviu e me entendeu, e por isso resolveu dar um bocado de côr á minha tela, que também chamo vida. E além de me ter uma visão diferente do mundo, soube fazê-lo sem nunca por em causa qualquer opnião contrária. As vocações, ideias, filosofias, gostos, e até mesmo os habitos diários fazem-no uma pessoa peculiar, rara, e espectacular. A partir do momento em que o conheci, soube que havia algo nele que me fazia sorrir, nunca pensava nos meus problemas com ele por perto ou se por acaso esses problemas eram discutidos resolviam-se sempre baseados em perspectivas que eu não sonhava existir. Alargou-me os horizontes, abriu-me os olhos, e acho que criámos ali um laço bastante invulgar. Não é pelo laço, mas a meu ver, pelas pessoas que o formam.
Ahah como eu adorei aquelas noites em que "las perspectives" de "las banhades" percorriam aquela casa dançando com risos e boa disposição, ao som de Sérgio Godinho e Beatles.
Agora acho que já percebi o que me faltava, já não me sentia assim á muito tempo, aquela sensação que me é inexplicável mas que toda a gente conhece quando se sente feliz. Parece que foi preenchido um lugar em mim que não o tinha sido, e que agora que o foi , faz toda a lógica que o tenha sido......eu sei que não tem muita lógica. Mas o importante é que as nossas "perspectives" naquelas cegueiras que todos temos, foram além do normal e por isso já sinto que lhe devo muito. Quanto mais não seja pela quantidade de sorrisos que ele me arranca, ou pelo sentimento de bem estar que ele proporciona. Obrigado.



To a poet who shall never fall from the stars.

domingo, 13 de julho de 2008

Reviver

Hoje fui tomar um café com um amigo meu. Fui tomar café com ele porque ele está um bocado em baixo devido a ter acabado o seu relacionamento com a única rapariga que ele realmente gostou e a única que realmente gostou dele. E amigos são amigos, temos de estar presentes nestas situações e mostrar o "the bright side of life", ou seja, o melhor que a vida tem para oferecer, faze-lo notar que a vida não acaba aí. No fundo , e no meu caso, temos de mostrar um caminho que já percorremos, com ou sem a ajuda de ninguém. Nunca é fácil fazer isso, pois lembramo-nos sempre de como nós agimos, pensámos, e como nos sentimos naquela altura, com aquela pessoa, e ás vezes memórias escondidas ou guardadas dentro de nós (latentes) surgem a flôr da pele, e além de termos de combater isso, temos de ajudar quem precisa de nós. Contudo não pensem de qualquer maneira que eu que é um "trabalho" ingrato, não, eu acima de tudo fico orgulhoso por perceber que quem me importa o sabe, e dou sem hesitar, toda a ajuda que me for pedida. Estou apenas a comentar um facto que achei curioso. Pensem só: um café onde estão com o vosso amigo. Estão preocupados com ele como é normal e ouvem-no com toda a atenção possível. Aí...aí o tempo pára, câmara lenta, e num espaço de um segundo lembram-se daquela tarde chuvosa em casa com ela. Ela chegou cedo, e estava triste, e de repente o discurso que ela começa a ter coincide ou é igual ao discurso que está a ser dito pelo vosso amigo sentado ao vosso lado no café. Vocês viram a cabeça e olham nos olhos dele, lembram-se de como se sentiram quando ela se afastou, quando ela saíu de casa e vocês sabiam que tudo tinha terminado. Os dias seguintes foram árduos, foram até terríveis, mas de qualquer maneira vocês superaram-no e aqui estão para contar a estória. De repente aquela sensação de alívio por tudo ter acabado e de ter ultrapassado tudo, sobe pela coluna, dando aquele arrepio frio. É nessa altura que vocês voltam a olhar para o vosso amigo mas desta vez com um sorriso na cara ao pensar que um dia também ele vai poder ter esse arrepio, logo a seguir a ter ultrapassado esta crise. Não, não me venham dizer que é um "trabalho" ingrato, porque eu gosto de sentir esse arrepio na espinha, gosto de saber que estou a ajudar um amigo a ultrapassar uma fase pior da sua vida, gosto de saber que ele também se há-de rir um dia quando se lembrar dos seus males amorosos passados. Vai estar tudo bem, nós os dois num café, com uma imperial na mão a lembrar os velhos tempos, e a lembrar as namoradas. End of the story.

PS. - o problema é quando essa rapariga ainda não saíu da cabeça passado todo esse tempo, e se quando virar-mos a cabeça depois de dar um golo naquela imperial fresquinha, perdemos o sorriso que mostramos e só pensamos "por que raio é que eu não pude ficar com aquela rapariga!" mas isto já sou eu a ser mauzinho!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Pressão Académica

Este é um problema que eu acho que está muito subvalorizado, principalmente por pessoas que já completaram a Faculdade ou que já entraram no mercado laboral, e tenho partilhado ideias recentemente com alguns amigos meus, de maneira que resolvi vir colocar um post sobre isso. Já repararam na pressão psicológica que é colocada aos alunos de uma faculdade? Desde familiares, a amigos, a professores, onde quer que um aluno vá tem sempre essa pressão por parte de toda a gente. Sempre que nos encontramos com amigos na faculdade, mais cedo ou mais tarde a conversa vai descambar para o número de disciplinas feitas por cada um e consequentemente, aquele que fez menos disciplinas acaba por se sentir deslocado. Já em casa com os familiares é a mesma coisa visto que a primeira pergunta que nos fazem quando chegamos a casa é "Então como vai a faculdade?!Passas a quantas este semestre?!". Quanto a outras pessoas não sei mas para mim é algo bastante perturbador, principalmente numa altura de exames como a actual. Eu acho que se deve alertar essas pessoas em relação a este problema porque ir para um exame e ficar a pensar "Tenho de passar a esta disciplina senão os meus pais isto, os meus amigos aquilo, e fico atrasado nos semestres" e mais não sei que, não é de todo o melhor que nos podia acontecer. Parece que quando entramos na faculdade perdemos a nossa identidade e passamos a ser um numero de aluno com x disciplinas. Eu acho terrível que isso aconteça e acho que nada deveria mudar. Deviamos ser "tratados" como sempre fomos e não ter uma carga de responsabilidade exagerada acumulada como temos. Eu sei que é importante obter um curso, e sei que nunca é facil obter um curso, mas se já é difícil lidar com isso, quanto mais ter que ouvir todas as pessoas á minha volta a alertar-me para esse assunto. Apesar de tudo continuamos a ser pessoas com sonhos, aspirações, identidades e personalidades. Não nos tornem em mais uma "máquina" laboral cujo único objectivo é acabar o curso e ir trabalhar, porque no meu caso o meu objectivo é unicamente.......ser feliz!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Chega de Depressão!!

Chega, estou farto, não aguento mais este espirito de depressão que só me empurra para baixo assim como provavelmente os leitores deste blog. Eu sei que houve pessoas que leram os meus ultimos posts e se identificaram com eles (o que me causa uma espécie de orgulho). E sei que há muitas pessoas que se devem sentir tal como eu me senti, mas estou farto de me sentar na minha cama a pensar no que aconteceu, fitar as árvores da minha janela e desejar voltar uns dias, até meses atrás. Pensar porque é que fui isto ou aquilo, porque é que deixei algo acontecer, ou como é que não percebi que aquilo ia acontecer. Já não me interessam os erros que cometi, e cansei-me de pensar no que podia fazer para remediar um problema que apenas o tempo podia resolver visto que sempre que tentava algo, fracassava e isso tornava-me mais triste. Acho que percebi que o meu maior erro foi dar demasiada importancia a problemas simples, ou dar demasiada importancia a promenores que outras pessoas não ligavam. Acho que esta época de exames assim como os últimos dias passados com os meus amigos me fizeram bem, fizeram com que não pensasse no assunto e agora que tenho um tempinho livre para escrever, vejo tudo de outra maneira. Não vai ser este "problema" que me vai matar ou torturar o resto do tempo que tenho para viver. Claro que ainda assim deixei de acreditar em certas coisas que moldavam a minha maneira de pensar, e consequentemente isso vai alterar a minha maneira de ser daqui em diante. Acho que toda a gente mais cedo ou mais tarde tem uma crise existencial mais forte, e há que saber ultrapassá-la. Toda a gente se pergunta se errou e caso tenha errado, onde foi. Para todas as pessoas que realmente pensam assim ou seguiram o meu blog e se identificaram, aqui vai uma palavra de esperança. Não se deixem abater por algo tão insignificante pois de certeza que a pessoa ou problema em questão não merece o nosso tempo, a nossa compaixão, ou sobretudo a nossa vida. Existe um mundo lá fora para explorar e para viver. Se pensam que não pode ficar pior, acreditem quem ao longo da nossa vida há-de ser pior, muito pior, mas nós temos de reagir de ultrapassar, de levar chapadas de luva branca na cara e mantermo-nos firmes, não arredar pé e rirmos na presença desse alguem que nos atira com a luva, destruir o sorriso e a confiança que esse alguém tem para nos fazer tal coisa, e retribuir a chapada com tal força e convicção como se a nossa vida dependesse disso!! E nesse momento essa tal pessoa vai tremer e abalar, o mundo vai mexer e será a nossa vez de nos rirmos e de dizer "A minha vida não vai ser afectada por ti!". Para todas as pessoas que realmente estão em baixo, eu já vos mostrei a porta, mas têm de ser vocês a passar por ela.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Uma estória como tantas outras, mas...

Estava um dia bonito, o sol batia nas janelas, trespassando-as e enchendo o quarto com calor, luz e aquela sensação de bem-estar. Sentado no seu sofá, ele limpava a guitarra com que tinha acabado de criar a sua última melodia, perdido no meio de pensamentos esperançados de que um dia talvez pudesse tocar aquelas musicas para um pequeno grupo de pessoas que ele achava essenciais na sua vida. Para ele a música é a grande companheira da sua vida, é através dela que ele se consegue expressar, que ele consegue dizer muitas vezes o que não quer dizer por simples palavras, enfim é uma das componentes vitais da sua vida. Para ele, um dia sem fazer ressoar aquelas notas que saltam das cordas da sua guitarra, é um dia escuro e sombrio por mais sol e alegria que haja, e por isso, como de costume, sentou-se e tocou. De olhos fechados, muitas vezes sem cantar, e apenas com a companhia de uma melodia perdida, ele atravessou mundos, descobriu sentimentos, encontrou respostas perdidas a muitas perguntas, mas ao contrario do normal, ele não se sentiu melhor...Não desistiu, e partiu em procura de outro tom, de outra escala, de algo que o fizesse esquecer a razão de ele estar sozinho naquele quarto, de qualquer coisa que pelo menos, temporariamente o levasse para outro sitio onde ninguem o conhecia, e onde não precisaria de dar explicações a ninguém. Por fim, depois de o conseguir, após ter esboçado um pequeno sorriso e de ter ignorado os azares da sua vida, houve um som que fez com que descesse á terra num piscar de olhos, algum som perturbou o equilibrio daquele quarto e pior do que isso, perturbou o seu equilibrio. Calmamente virou-se e procurou o telemovel, com algum receio e pensando que provavelmente não seria nada de especial. O seu dedo tremia quando carregou na tecla "ler" e pelos vistos tinha razões para tremer. Aquele momento decorreu em câmara lenta, enquanto ele fitava o infinito em busca de uma razão para sustentar o "porquê" daquela mensagem, e o telemovel lhe caia das mãos e batia contra o chão que em tempos esteve quente mas que agora partilhava o frio que provinha do rapaz que encontrava sobre ele.
Depois de muito tentar combater aquela solidão, recebeu mais um empurrão para o vazio, para o escuro, e já de nada lhe servia aquele momento anterior onde o sol lhe acariciava a face, as árvores dançavam ao som da sua guitarra e um ou outro pássaro o acompanhavam melodicamente. Já nada disso o confortava, e remeteu-se outra vez aquele sentimento que o perseguia. Pegou nas chaves e na carteira, arranjou uma desculpa qualquer e saiu de casa. Caminhou até ao parque mais próximo e sentou-se. Deixou-se invadir pela calma que o rodeava e respirou fundo. Sonhou com o seu mundo e durante uns segundos desapareceu daquele jardim onde se encontrava sentado sobre a relva fresca. Acordou...levantou-se de novo e prosseguiu o seu caminho. Ele sabe que o caminho que vida leva é uma caminho cheio de buracos que lhe cabe a ele preencher, mas para uma pessoa que está farta desse trabalho, é duro ter que abandonar aquele parque. Levantou-se e prosseguiu, já está habituado a faze-lo mas não pode deixar de sentir dor cada vez que o faz embora ele saiba que é a unica coisa que pode fazer a não ser deixar-se ficar sentado enquanto uma foice lhe retira o último suspiro e isso é algo que se recusa fazer. É triste, mas todos nós temos de nos levantar e prosseguir...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Revoltado

Life sucks...uma das expressões mais usadas no mundo que eu nunca tive a chance de parar, pensar e tentar compreender porque achava que nem sequer mercia a minha atenção devido ao facto de ser sempre proferida por pessoas pessimistas, desesperadas, ou revoltadas. Acontece que mais cedo ou mais tarde cada um de nós acaba por sentir todos aqueles sentimentos que nunca pensávamos ter e nada melhor do que isso para conseguir compreender este mundo um bocadinho melhor, e até nos conseguirmos conhecer a nós próprios um bocadinho melhor tambem. Eu sei que nunca é "agradável" sentir este tipo de conhecimentos mas para saber qual é o sabor da vitória, temos de cuspir muitas vezes o amargo da derrota, por isso até se torna...vá lá...pedagógico sentirmo-nos revoltados. Mas (peço desculpa pela repetição mas continuo a dizer que comigo há sempre um "mas") ainda assim eu acho que desta vez é demais...
Pensem que toda a vossa vida voces trabalharam, ajudaram, alcançaram, sonharam, auxiliaram, fizeram todos os possiveis para serem felizes e fazer quem está perto de nós felizes. Tudo o que poderiam fazer, fizeram-no, e agora pensem que como recompensa, o vosso prémio é bater literalmente com os cornos na parede!Não é justo!
Eu sei que tenho 3 leitores fieis ao meu blog e desde já peço desculpa a todos por usar este espaço para desabafar assim, mas la está, eu utilizo este espaço como aquele escape de fúria, ou mesmo como o meu melhor amigo quando estou sozinho em casa. Mais uma vez os meus problemas são amorosos (fogo, outra vez...ja enjooa!) e mais uma vez eu pago o preço de ser ingénuo, parvo, dedicado, e sentimental! É assim tããão raro encontrar uma pessoa que realmente se preocupa com os outros e que se dedica á Felicidade?!Eu acho que não, e não é por eu achar que sou uma dessas pessoas, é porque já estou farto de desilusões brutais, de quedas intermináveis, de mutilações pela monotonia tanto citadina como sentimental, e mesmo do asfixiamento e embriaguez da minha alma que tanto se preocupa pelos outros e apenas recebe um cordão de dor para meter a volta do "pescoço". Não é justo fazer tudo bem e só receber dor, não é justo que me peçam pa sorrir numa altura em que só quero chorar, não é justo que me queiram ao lado para ajudar no que quer que seja quando eu sou o primeiro que quero ajuda, não é justo ter que levantar a cabeça e voltar a lutar, ter que erguer a minha espada e receber um golpe desferido no coração que despedaça o meu ser, não é justo e eu não mereço!!Mesmo quando estive em baixo eu dei uma oportunidade a mim mesmo (repare-se nos post anteriores) e corri o risco de me deixar levar numa altura em que os meus pilares sentimentais estavam a ruir, mais uma vez caí do topo das minhas ilusões para aquele espaço escuro que inflizmente já me começa a ser familiar.
Não fiquei assim pelo último acontecimento em particular, fiquei assim devido ao acumular de situações, devido ás rejeições, devido á falta de carinho que eu sinto que existe, sobretudo quando eu tento aternurar a vida de todos os que me rodeiam e por isso é muito mais dificil aceitar este facto. Revolto-me com o mundo, revolto-me com as pessoas, revolto-me com a falta de tacto e consideração que este mundo tem para comigo...mas ainda assim, não vou desistir facilmente, e hei-de continuar a levantar a cabeça por muito sangue que jorre, por muita dor que sinta, por muita injustiça que ache!!O mundo e a vida por vezes não são dignos da luta que temos por eles mas a diferença de carácter está em quem continua e em quem desiste...Por agora, arrumo a minha espada até ao dia em que volte a precisar dela, até ao dia em que alguém a mereça, mas o aviso está lançado...não voltarei a ceder facilmente e o mundo terá que provar um pouco do seu próprio veneno!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

A Pata na Poça (A rapariga mais compreensiva do mundo)

Pois é...Toda a gente erra de vez em quando, ninguém é perfeito, e embora eu ache que toda a gente merece uma segunda oportunidade, há segundas oportunidades bastante difíceis de conceder. Ontem estive numa festa de uma faculdade (por acaso não era a minha faculdade, mas espantou-me imenso porque me diverti á brava!!) onde a noite podia ser descrita como: uma das 10 noites mais inesperadas da minha vida! Se alguem entra numa festa com um amigo e se começa a divertir, chegam amigas e começamos todos a divertir noite dentro, então é de esperar que algo menos bom aconteça porque quando a esmola é grande o pobre desconfia. Dito e feito, deparámo-nos com uma situação (que não vou comentar qual...) no mínimo desesperante, pois o amor é capaz de muito, ás vezes até leva á locura, e acreditem, não há nada mais difícil que controlar um apaixonado desesperado!!Passada a situação, não pude deixar de ficar a pensar na situação, não pude deixar de sentir desilusão por quem merece, orgulho por que merece, feliz por saberem lidar com a situação e acima de tudo um grande espírito de protecção entre amigos! E foi aí...não sei, parece que algo me fez olhar para o lado, e tal como um filme em câmara lenta, eu fiquei subitamente aterrorizado...não acreditava que algo como aquilo pudesse acontecer e nesse momento, todas as forças que eu empreguei na protecção dos meus amigos á uns instantes atrás desfaleceram, abandonaram-me, fiquei com frio no meio da tanta gente e de tanto calor...e tudo por causa de uma ilusão...Não queiram experimentar esta sensação de perda acompanhada por outra sensação: afinal, tudo tinha sido imaginação. Se eu voltasse atrás, antes de tudo acontecer, eu não acreditaria por causa da pessoa em questão mas os acontecimentos dessa noite dertoparam o meu sentido de observação e de julgamento!!Eu sei que ela nunca faria isso, eu sei que ela não é assim, o mais triste, é que eu sabia tudo isso, mas ainda assim fui acusá-la e ofende-la com essa critica completamente insana. Quando ela me disse a verdade, eu senti-me o pior otário do mundo, o maior estúpido do mundo por ter arruinado tudo!Mas tal como ela veio atrás de mim para saber o que se passava, e por ela não me ser indiferente, também eu corri atrás dela nem que fosse para lhe pedir apenas desculpa (e fiquei com o coração na mão quando ela tinha saído do sitío onde estávamos). Consegui alcançá-la, e ela a partir desse momento foi implacável...pois para mim, uma pessoa implacável, não dá espaço para erros, e usa a verdade para abrir os olhos doa o que doer! E foi o que ela fez, além de usar a verdade, aproveitou o momento para discutir a nossa situação (uma palavra: genial) sabendo o erro que cometi, mas ainda assim esteve disposta a ouvir-me. Eu acho que esta atitude é louvável visto não haver muitas pessoas capazes de o fazer (e eu sei o que digo), e assim aconteceu. Eu disse-lhe que sabia do erro que tinha cometido, sabia que não devia, nem ela merecia que eu tivesse errado, mas ainda assim não pude deixar de dizer o quão importante ela foi para mim porque numa altura onde eu precisava de ajuda moral, onde me sentia em baixo embora não o demonstrasse ela fez-me sorrir todos os dias, ela fez com que eu mudasse de opnião de mim mesmo, e fez-me notar que se calhar não sou assim tão má pessoa e que ela é uma pessoa fantástica. E aí eu pensei que talvez ela sabendo o que eu sentia, me perdoasse, mas que nunca voltariamos a ter a mesma relação e mais uma vez fui surpreendido. Sim porque a menina em questão é uma autêntica caixinha de surpresas e sempre me deixou incrédulo, e aquela noite não foi excepção! Mas mais uma vez ela mostrou implacávelmente, o seu poder de compreensão e de surpresa e digamos que a partir daí o resto é história...

PS. as quatro palavras da noite são: "Estúpido" "Parvo" "Odeio-te" "És horrível" ditas com aquele sorriso que so tu tu tens, e com aquelas enfase que só tu consegues pronunciar!!Obrigado por seres quem és, e não mudes nunca, e obrigado por me mudares!!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O Filme da nossa Vida

Ok, para variar hoje decidi passar o tempo depois de almoço a ver filmes, e houve algo que me arrastou para aqui. Num filme que vi, uma das actrizes principais disse "O amor é apenas um convite para a dor" e nesse momento eu achei que a compreendi...Quer dizer, vamos ser realistas, vamos começar por analisar qualquer filme, não interessa qual, um qualquer. Há sempre o actor e a actriz principais, há sempre uma paixão escondida entre os dois, e é sempre no meio de armas, batalhas, problemas impensáveis, ou mesmo no meio do desespero que um deles se confessa ao outro e a partir daí surge um dos dois finais possíveis, ou um dos dois morre, ou então vão ser felizes para sempre. E o pior é que nós que assistimos ao filme, achamos sempre que independentemente da situação, o clima que se gera ali é o clima mais romântico para tal se suceder. Quem é que nunca viu um filme e mal ele acaba pensa "Quem me dera conhecer uma pessoa que eu pudesse amar e ela a mim, só pa ter um final feliz e revelar-me tal como aconteceu no filme..."! Todas as pessoas já tiveram pensamentos destes, uns mais, outros menos, mas ainda assim é um pensamento comum. No meio de uma cama com suaves tons verdes e folhas de rosa espalhadas pelo chão, a janela aberta para se poder contemplar aquela paisagem divina, e ela aparece... usa apenas um vestido de seda e caminha daquela maneira suave, calma, e muito sensual. Aproximam-se, ele não consegue falar, ela não quer que ele fale, e ambos se entregam um ao outro ao som de uma música que ninguem conhece mas que toda a gente acha adquada ao momento. Sim esta é uma cena típica de filme e que muito poucas para não dizer nenhuma pessoa, conseguiram reproduzir tão fielmente. Embora nos fascine, embora todos sonhemos com a nossa cena perfeita, nunca acaba por ser como sonhámos, nunca acaba por ser tão perfeito como nós queriamos que fosse, mas (e porque comigo exite sempre um "mas") eu acho, e agora é apenas um opnião pessoal, eu acho que...eu acho que quando acabo de dar o beijo, quando olho nos olhos dela, quando consigo sentir o seu perfume, quando ela me faz ofegar, nada do que me rodeia importa, não interessa se estou nao Polinésia-Francesa debaixo duma palmeira, se estou no Tibete com as montanhas carregadas de neve como fundo do plano, ou...ou se apenas estou no meu quarto, ou noutro sitio qualquer, o que me interessa é que para mim o que eu quero como fundo do plano são os olhos dela...Sei lá, se calhar estou a exagerar como de costume mas não consigo deixar de pensar assim.
Os filmes nunca traduzem a realidade por mais que arrangemos desculpas racionais e/ou plausíveis, por isso, porque não deslumbrarmo-nos com as pequenas alegrias da realidade?!Dar valor a gestos mais pequenos mas que podem ser tão importantes como grandes gestos. Pequenas atenções, pequenos toques, nem que seja uma festa (acto de tocar noutra pessoa e não a rambóia que tão a pensar) compartilhada por outra pessoa, um pequeno beijo, enfim tantas situações que hoje em dia nos podem parecer normais mas que por vezes estão carregadas de simbolismo.
Depois desta análise, se calhar um pouco mais detalhada do que o desejado, continuemos com o tema principal. Depois de ela ter dito "O amor é apenas um convite para a dor" eu senti-me bastante familiarizado com a frase e tentei perceber porque. Cheguei neste momento a uma conclusão: Já alguma vez sentiram amor sem nunca sentir dor?!Não sei responder a esta pergunta mas se vos torna a mente mais clara, posso dizer que me magoei muitas vezes por gostar de alguém. É normal sofrer por gostarmos de alguém e apesar de nunca me ter acontecido, eu acho que consigo compreender. Parece que quando gostamos de alguém tem de acontecer sempre algo mau e essa necessidade compulsiva de algo pior acontecer não precisa de ser generalizada ao mundo, basta que nos afecte e isso dentro de um milhão de sentimentos que vêm a tona podem simplesmente fazer-nos fraquejar perante a pessoa que gostamos. Enfim, não é para vos fazer deprimir que aqui estou, é apenas para dizer o seguinte: a vida nunca será perfeita como nos filmes mas cabe a cada um de nós realizar o filme das nossas vidas. Arrisquem, percam, ganhem, façam tudo de bom e tudo de mau, experimentem e um dia mais tarde vão poder dizer que tiveram uma vida feliz, e se nesse momento vocês pudessem ver-vos a vós próprios naquela cadeira ao lado da lareira, lembrando-se de toda uma vida repleta de emoções e acompanhada por uma música que ninguem conhece mas que toda a gente acha adquada ao momento, vocês diriam que seria o final perfeito!!!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Um rebuçado não desejado

Um rebuçado não desejado...Expressão estranha, mas em muitos casos uma expressão adquada ao que sentimos. Estou a passar pela melhor fase da minha vida, ando na faculdade que quero, estudo o que quero, faço aquilo que gosto, divirto-me com os meus amigos, enfim, aos olhos comuns de alguem que me vê posso dizer que de facto esta época é a melhor da minha vida. Mas e se por qualquer motivo algo destruísse esse equilíbrio? Digamos que sería uma grande queda...Como é óbvio trata-se de um problema amoroso, pois apenas estes nos fazem pensar antes de agir, apenas estes nos fazem tremer o chão no qual caminhamos. Bem, a nível amoroso digamos que tenho sido muito desiludido, digamos que estou farto de conhecer pessoas que não são aquilo que demonstram e por isso estou farto de qualquer tipo de relação amorosa. Neste momento alguem deve estar a dizer "Então pá?! Tás na melhor altura da tua vida, aquele momento que nunca mais vais ter, e preocupas-te com isso?! Diverte-te mas é, tem algumas curtes e caga no problema!!" Sim...esse foi o meu primeiro pensamento visto que nunca mais terei uma época igual e de facto estou a aproveitar com quem quero ao meu lado e estou-me a divertir mais do que nunca, mas ainda assim houve algo que me destabilizou, houve algo que mexeu comigo. Não interessa quem mas digamos que tive um "presente" que não estava nada á espera e isso destruíu o meu equilibrio. Também não foi nada de outro mundo, não estou perdido de amores nem apaixonado mas tive uma noite bastante peculiar onde me senti a andar sobre as nuvens. Ela é sensual, difícil, gira, inteligente, ponderada, cuidadosa mas ao mesmo tempo louca e como diria o meu amigo Esteves ela é do tipo "Vamos embora, Xabregas!!" e conseguiu por-me fora de mim! Mas tão fora que eu dei por mim nessa mesma noite a olhar para o céu á espera que me caísse uma resposta, um sinal, sei lá, algo que me fizesse deixar de olhar para ela como eu a olhava, algo que me fizesse deixar de sentir aquele fogo, mas o que estava a acontecer era a adicção de mais lenha pa queimar! Passado alguns momentos, longe de eu pensar que algo poderia acontecer, aconteceu... Um suave toque com os lábios e tudo o resto deixou de fazer sentido, tudo o resto eram problemas que nenhuma relevância tinham comparado com aquilo e a partir desse momento a noite voou ao sabor de um vento que á muito não o sentia dançar sobre a minha face! Mais uma vez lanço-me sobre os que os leitores estão a pensar "Estás apaixonado, é assim tão difícil de perceberes?!" E a resposta a isso é: não, não estou apaixonado. Não posso negar o facto de me sentir deslumbrado e sortudo mas paixão ou amor não é nada do que sinto, é apenas, como a minha amiga Petra me diria "Necessidade de carinho!" e a pessoa em causa deu-me mais do que carinho e por isso tudo apenas lhe posso agradecer. Eu sei que nunca mais hei-de ter uma noite daquelas, não pelas situacções que aconteceram, mas porque eu sei que ela nunca mais me vai olhar com aqueles olhos, e nunca mais me vai beijar daquela maneira, e por isso é que eu sinto que ela me destabilizou!! Porque apesar de ter sido um "One night stand" ela suscitou em mim aquele pensamento e desejo que me faz vir aqui e escrever sobre o assunto: se eu pudesse queria tê-la mais uma vez, só mais uma, para me poder despedir deste sonho. Não sei se foi bom ou mau o que aconteceu porque embora eu deseje o que desejo eu sei que não a vou ter, mas por outro lado não me arrependo do que aconteceu. O que me chateia é ficar a remoer estes sentimentos por dentro. Um rebuçado não desejado...Expressão estranha, mas em muitos casos uma expressão adquada ao que sentimos.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A chapada psicológica prometida

Numa das minhas primeiras publicações eu falei sobre a incompreensão de certas raparigas, ou melhor quase todas, por elas não acreditarem que não existem rapazes bem intencionados, e tal como prometido, vou voltar a tocar neste assunto, mas desta vez a mensagem será mais direccionada para os rapazes. Cada dia que passa, cada vez mais as raparigas têm razão para dizerem o que dizem, e sejamos realistas, qualquer pessoa olha em sua volta e 8 em 10 rapazes já traíu, e os outros dois estão perto de o fazer. Porquê? Porque é que a traicção é utilizada hoje em dia tão frequentemente? Será que não se consegue ter a nocção do que é uma relacção amorosa? Porque para muitas pessoas é dificil estabelecer uma relacção, é dificil darem-se a outra pessoa, entregarem-se de corpo e alma desejando que o(a) parceiro(a) o aceite! Mas ainda assim há meia dúzia de bartolos que insistem em corromper algo tão unico e tão bonito, algo tão genuino e sentimental com o pior acto possivel...traicção! A minha pergunta é: porquê? Qual é a piada de destruir todos os sonhos, todos os desejos, todos os sentimentos, toda a segurança?! Voces têm nocção que já existem milhões de pessoas condenadas a uma vida solitária por vossa causa?! Já pensaram nos traumas psicológicos que vocês deixam numa pessoa, que em certos casos pode chegar a um ponto que nunca mais se vai conseguir entregar a quem quer que seja?! Porquê?! Porque é que vos dá gozo destruir praticamente todos os pilares sentimentais de uma pessoa?! E pior do que isto tudo, porque é que ninguem me consegue dar uma resposta as estas perguntas?! Se calhar é porque tenho razão...
O grande problema hoje em dia da juventude, a meu ver, é a perda de valores morais indespensáveis. Já ninguem se preocupa com o próximo excepto se conseguir beneficiar disso e isso algo preocupante. As colunas dorsais (éticamente falando) de muitas pessoas estão tortas, destruidas, abaladas, talvez por azares, talvez porque nunca a ensinaram a endireitar, nao sei, mas nesses casos é que se nota a diferença entre pessoas justas, correctas e éticas, porque essas pessoas lutam por fazer aquilo que é correcto!!Ahh, the humanity, where did it go...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Pai

O sol brilhava e espelhava-se nos cabelos loiros do rapaz, como ternas fitas douradas. Através dos olhos cansados pela vida e pela experiencia, o pai do rapaz observa o seu filho a desafiar o infinito azul do céu. Calmamente como a vida lhe ensinou, aproximou-se do pequeno, abraçou-o, encarou-o olhos nos olhos e disse: "Um dia tu vais crescer, vais-te tornar num homem, vais poder definir as tuas leis e os teus principios. Serás um como muitos, mas será que é isso que realemente queres?! Será que ficas contente com uma vida igual á de tantos?! Poderás ser quem tu quiseres, até um herói!!" Nos olhos do rapaz desencadeia-se um brilho esplendoroso, o um sorriso timido mas esparançado esboça-se na cara do rapaz. A contar com esta reacção, o pai nao exibe uma ponta de felicidade e apenas responde "Nunca te esqueças, um herói não é uma pessoa que consegue atingir feitos com poderes que outros nao têm, um herói meu filho...um herói é aquele que com as mesmas capacidades de todos consegue libertar-se dos seus demónios, dos seus medos, dos seus fantasmas, e sem esperar nada em troca ajuda todos os derrotados, todos aqueles quebrados pelas teias da vida, todos os fracos que já não conseguem inventar uma descupla para viver...É nesse momento que tu deves aparecer com esse sorriso que me mostras, com esses olhos com que me fitas, e estender a mão e usar toda a força que tens para puxar essa pessoa para cima, ser a última esperança desses homens que já em nada acreditam, nem na esperança. E sobretudo não te deixes nunca corromper por aqueles que se submetem a uma vida fácil e que te dizem não vale apena ajudar um se nao podes ajudar todos...um homem pode fazer a diferença...Tu podes fazer a diferença". O sorriso do menino desaparece á medida que o seu pai fala, e subitamente tudo o que lhe é dito é finalmente compreendido.
Uns anos mais tarde, após o caixão finalmente pousar no sitio que lhe é destinado, o timido rapaz que em tempos desafiava o azul do céu pode dizer, no meio de lágrimas: "Obrigado pai, obrigado por me teres ensinado a ser um homem, obrigado porque antes de eu fazer a diferença, tu fizeste a diferença para mim!!". Vira as costas e parte. Por debaixo da terra está alguem que fez a diferença, por cima está alguem que faz a diferença...
Essa é a essencia que eu acredito, é a mensagem que eu quero passar, e sobretudo...é aquilo em que eu acredito e luto!!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Dor

Dor...um sentimento que por mais vezes que nós o tenhamos é impossivel de nos habituarmos a ele. Quer por perda de algo ou alguem, quer por desilusões, quer por incapacidade de atingirmos um objectivo que nos é importante, o sentimento é sempre indesejável. Hoje vim para aqui falar deste tema porque finalmente aconteceu...finalmente e infelizmente eu senti uma dor enorme de perda de um amigo meu que faleceu...um amigo...alguem que partilha uma vida inteira connosco, alguem que nos acompanha, alguem nos aconselha, alguem que nos ajuda e no fim tudo aquilo que juntos e esperançados desejamos ter um dia, fazer um dia, desaparece como uma pedra que cai num precipicio e nos faz olhar para ela até se sumir da nossa visão. Aquelas tardes junto á praia onde inutilmente e apenas com o intuito de diversão construíamos e arquitectavamos planos para o futuro, com duas cervejas na mão e nos riamos, pensavamos juntos, trocavamos opniões, tudo até os segredos mais intimos...isso é um amigo e nada me faz mais triste que pensar que nunca mais vou ouvir aquela voz atras de mim a levantar-me quando estou mal ou apenas a rir com algum episódio que passamos juntos.
Eu sempre soube reagir bem a más noticias ou a episódios mais complicados na minha vida, sempre consegui reger os meus sentimentos e nunca deixei que a minha vida fosse afectada drasticamente pelos meus sentimentos ao ponto de a estragar, nao consegui evitar o facto de desta vez ter perdido total noção do que me rodeia, e ignorar a conduta caracterizada como normal e perdi-me num turbilhao de emoções que me arrancaram lágrimas como quem puxa uma maçã de uma árvore. Senti inustiça, senti ódio, senti que uma parte de mim se separou ou mesmo desapareceu e que sem ela eu estou incompleto, e isso detorpa por vezes a justificação que eu me dou a mim mesmo sobre o porquê de viver! Não é justo uma pessoa lutar pela Felicidade própria e dos outros e sofrer maior abalo emocianal que este! Nao é justo não se poder lutar contra as partidas que a vida nos prega, não podermos juntarmo-nos e combater o azar, termos simplesmente de assistir ás quedas consecutivas e por vezes ver alguem nos é querido sucumbir ás vontades do azar...Não é justo!Peço desculpa por não me conseguir expressar totalmente, mas eu senti que devia escrever isto mesmo nao tendo a certeza do que poderia sair, visto que este incidente me afectou muito!! Mais uma vez peço desculpas e obrigado por quem teve a paciencia de ler mais um bocadinho daquilo que eu sinto e que me define como pessoa.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Sonhos (to Zalyz)

Sonhos, algo unico, fascinante e pessoal. Possivel ou impossivel, moldado ou concretizado, inalterado ou utopico, mas ainda assim sao a razao de viver de muitas pessoas que sempre procuram de algo que lhes dê um motivo para sorrir. Razao para tantas lagrimas, afluencia de sentimentos, desilusões, desordenações, confusões assim como a felicidade de se ser um sortudo por ser um em milhoes que pode dizer "ja percebo porque e que vivo". Todos nos precisamos de sonhos, e quem nao aspira a nada entao nem sei se se pode considerar uma pessoa. Mas como tudo na vida, ha sempre um "mas". Mas ainda que sejam, de facto, de um valor incalculavel e que afectam a vida de tantas pessoas, sera justo ter sonhos?!sera justo levarmos uma vida á procura da realizacao ou cdoncretizacao de algo apenas para proveito pessoal?!Para nos sentirmos bem, felizes, contentes e concretizados?!Nao sera isso egoista?!.........Nao!!Claro que nao, porque acima de tudo, todos merecemos ser felizes, todos devemos ser sortudos ao ponto de termos aquele momento onde as lagrimas derramam e percebemos de facto toda a forca de viver, que nos agarra a este mundo que nem raizes profundas e fortes!!
Sê rei de ti mesmo, controla a tua sorte, escreve todos os dias aquilo que te apetecer naquele diário tambem conhecido como destino. Deixa as paginas voarem ao sabor de um vento que nos sussurra a razao de viver....a esse vento que vira as paginas e que move o destino, chamo eu de "sonho"!!Obrigado por me fazeres ver aquele lado da vida que foi tao monotonamente corrompido pela monogamia da vida quotidiana citadina!!Obrigado por me devolveres todos os sonhos e aspiracoes que julgava perdidos, e que me vao dar uma nova expressao amanha de manha quando me levantar!!E acreditem..........ninguem ha-de lutar com tanta forca por aquilo que sonho, como eu!!Por mim, por ti, por voces, e principalmente..........por quem nao pode!!Isso e aquilo em eu acredito!!!

To Zalyz, thks