sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A poção mágica dos tempos de hoje

Sempre ouvi dizer que "querer é poder!" mas nunca soube interpretar esta frase muito bem. Como assim? Eu quero uma vida cheia, quero alguém para poder partilhá-la, quero os meus momentos de glória, e as minhas lições de vida. Quero aventuras perigosas e até vir a ser uma lenda que é contada aos mais novos pelos respectivos avôs numa noite de verão. Quero isso tudo mas sei que se conseguir fazer um décimo do que quero, posso-me considerar uma pessoa feliz. Já não é tempo de se ser uma lenda, de derrotar os nossos medos e enfrentá-los com uma espada. Já passou a Era das estórias e das fábulas encantadas, das paixões encontradas num jardim de bambu ao pé do lago, do tempo em que aclamam os heróis por feitos inimagináveis. Enfim acabou para mim um dos mundos mais perfeitos que existiram. Mas não fico triste nem desolado. Embora a essência do meu desejo já não poder ser real, eu acho que existe ainda algo que pode tornar os meus sonhos realidade. Algo que aprendi comigo mesmo que existe, embora eu não lhe tenha ligado muito devido ao meu pensamento calculista e minucioso sobre cada situação. A força de vontade... Essa força que nos move, quando evocada consegue destronar e desiquilibrar qualquer balança existente no nosso ser. Tal como qualquer sentimento, tem sempre de ser aperfeiçoado e limado de arestas, mas assim que desenvolvido torna-nos numa espécie de semi-deus, num ser que consegue fazer o que deseja, onde as suas intenções são absolutas. De um ângulo diferente até podemos dizer que conseguimos manipular a própria sorte, pois por muita vontade que tenhamos a sorte pode ser um factor fundamental.
Quem sabe se um dia não hei-de conseguir achar o meu jardim de bambu, a minha espada enferrujada, o papiro que contem o meu nome escrito ao lado de um feito que muito poucos conseguem...quem sabe. Mas antes de tudo isso temos de aperfeiçoar a nossa vontade de querer, temos de estar dispostos a desistir de tudo em prol de um bem maior. Temos de senhores de nós mesmos.
Até parece...até parece que já consigo ver o meu jardim...

domingo, 14 de setembro de 2008

Á espera da tal...

Antes de mais queria pedir desculpa pela minha ausencia. As férias retiraram-me muito do tempo que tinha para escrever, mas em contrapartida, forneceram-me novas ideias para este blog, novas emoções e novos conceitos que abraço e concordo. Uma delas é aquela que vos vou falar agora. Quando uma pessoa, não importa qual, tem muitos azares amorosos na vida, cria uma espécie de barreira psíquica defensiva com o objectivo de se isolar perante o mundo. E é normal, pois ninguém gosta de sofrer, de ver as suas ideias e aspirações recusadas. E a partir daí cria-se um ciclo vicíoso bastante curioso. Nesse momento, essa pessoa passa a ser um "ser" numa paragem de autocarro com destino á felicidade, mas recusa-se a entrar nele. E fica ali, espera, espera até um dia encontrar a outra parte de si que lhe falta e que o completa: a sua alma gémea. Vamos tomar como exemplo um rapaz de modo a facilitar a minha escrita e a compreensão do leitor. Um rapaz como tantos outros, que passa na rua e vê uma rapariga atraente. Ohh que jubílio, era com ela que ele gostava de estar, era com ela que ele gostava de partilhar uma data de emoções, todo aquele amor que ele tem guardado dentro dele. Sente um fluxo de sentimentos que o acompanham até...encontrar outra rapariga. Mas no final ele acaba por rejeitá-las, e acaba por concluir que não seriam elas as pessoas adquadas. Estranho, não é?! Etranho mas não de todo louco. Porque é difícil conter o amor que temos dentro nós, todo aquele amor e carinho que "guardamos" para uma pessoa especial , e passado um tempo ele vem ao de cima cuasando um misto de sentimento de partilha obrigatória, mas por outro lado a reflecção se de facto tal pessoa é merecedor do que temos para oferecer. E assim essa pessoa vai deambular por este mundo á procura de outra com que se sinta feliz mas vai recusar qualquer hipótese que tenha de ser feliz. É um bocado macabro, talvez até cruel e insensato, mas acontece com uma regularidade assombrosa. Enfim, reconheço que talvez não tenha sido o melhor tema de regresso mas ainda assim foi a minha maneira de dizer: estou de volta!