terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A exclamação da interrogação

Periodicamente me revejo nestas páginas escritas, como se de uma autobiografia (amorosa) se tratasse, e lembro-me da inocência que me tomava e domava, quando falava pelas letras. Estranho ver a revolta que sentia, e recordar as lágrimas derramadas em nome do Amor, tal cavaleiro em cavalo branco. Hoje estou nostálgico, sem grande imaginação para prosa, mas com um desejo inigualável de escrever. Sinto-me sozinho, não diria revoltado, antes amargurado, por não ter uma musa a quem escrever. Farei da minha paixão pela letra, a musa que necessito, para dar asas a este misto de sensações que me perturbam. Se já escrevi anteriormente que a minha vida deu voltas de 180 graus, nao sei como posso definir-me actualmente. Tanta coisa que mudou, fisica e psi, que parece que não me reconheço embora trace mais sorrisos. Passei de um louco poeta apaixonado, perdido do caminho correcto, para ser um caminhante que entorpece os dedos. Já não me queixo da minha vida profissional, que tão saudável anda, para me ver andar sozinho entre becos e ruelas, esquecido da morada onde vivo. Não me encontro e deixo-me levar por outras responsabilidades, por outros pensamentos, ignorando as necessidades que gritam as prioridades que outrora detinha. Mas tal como qualquer ser mundano, acabo por sucumbir ao desejo, tal ultimato, que os meus dedos me fizeram e aqui me encontro a tentar caracterizar este sentimento vazio que não combina comigo. É difícil tentar descrever, quanto mais não seja porque o compreendo lentamente dentro de mim, mas sem verbalizações que destronam a sua frágil difinição. Sinto falta de alguém com me possa partilhar, sinto falta de alguém de quem possa beber as palavras sofregamente, mas nao sei quem será, não sei nada! E isso mata a minha criatividade, que tantos anos demorei a construir, que tantos golpes sofreu até me elucidar da minha pessoa, por isso estranho-me. Não gosto do que estou a escrever, não gosto de como me estou a entorpecer, parece que me liberto de mim, e choro ao ver-me inerte na cama, a olhar para o infinito sem que este desenhe uma possibilidade perdida entre tantas (tal como eu) que possa ser esboço na minha tela. Vejo tantas sensações a passear pela baixa, tantas emoções de mão dada pelo paredão, tanta gente triste com as desfortunas do coração, que sinto que é um desperdício a quantidade de amor que detenho e que secretamente me cega. Tenho medo que a próxima (se existir) pessoa a quem vou confiar a chave do meu ser, não seja merecedora de tal, por culpa da cegueira imposta pela necessidade de extravasar-me. Tenho medo, mas ao mesmo tempo quero-o como nunca o quis. Arghh, vá cérebro, racionaliza como até aqui o tens feito, vá coração, obriga-me a conhecer a dar a conhecer. Onde anda o aventureiro que compunha odes durante as viagens, e escrevia sonetos no aconchegar dos braços despidos? Onde anda a minha pena que resolvia as minhas crises existenciais? Porque sempre fui a pessoa que tentou encontrar a musa que dá sentido a eu existir, fui amaldiçoado pela Lei da Relatividade, obrigado a sentir cada segundo gelado, como se de um Inverno se tratasse.

The sad time when you dont recognize your own reflection in the mirror.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Palavras por dizer...

Roubado do sono que apaziguava a minha mente, virei-me para a ténue luz que dançava com as sombras no meu quarto e em mim. Não sei o que escrever, não sei o que me dizer, o que só por si me preocupa, pois se sou feito de alguma coisa, é de palavras. E quão estranho tem sido o meu caminho. Palavras por dizer...sim, acho que é isso...Rejubilo um pouco porque percebi a razão da angústia que me domina. Não sei por onde começar... Quando cá dentro nascem letras que dão voz aos pensamentos, que por sua vez entopem as minhas veias e não me deixam pensar, tomo o comprimido do costume, ou seja, divago em perspectivas neste blog que tão bem me faz, ou se calhar tão mal me faz, o que é certo é que dá tréguas por uns instantes á melancólica prosa que é a minha vida.
Inúmeros foram os poetas que tentaram descrever, através das mais simbólicas maneiras, o efeito do arrepio que lentamente nos desce pela espinha até bater com força na mente. E quão insignificante sou eu para tentar escrever com sucesso tal fenómeno. Acontece que a mera tentativa dá paz ao suplício dos meus dedos.
Num café em Sta Apolónia, vi a certeza do que sentia, ser corrompida pela amarga dúvida que sempre está á espreita, á procura da oportunidade de me conquistar. E se ela não é de muitas palavras, direi apenas que foram as suficientes para me por a escrever. Ainda não consigo perceber de onde cresce tal dúvida...Será do seu sorriso? Da cumplicidade que vive nos nossos olhos? Ou do sentimento de que algo ficou por fazer...? A ausência de resposta martiriza o meu cérebro que freneticamente procura descanso. Dou por mim num capítulo que acaba em página branca, com a pena de lado ainda estonteada e molhada, á espera do último golpe que culmina na pontuação final. Não é justo eu entrar porta dentro de uma vida, e baralhar a organização que precisou de muitas lágrimas para se compor, mas confesso secretamente, que até a mim me finto numa vírgula perdida que dá razão á existência da dúvida. Parto e reparto e não fico com a melhor parte, apenas aquele sabor agri-doce que dá cor a um passado remoto, não longínquo o suficiente. Se calhar é porque ainda tenho uma ferida ao descoberto que pensava já ter cicatrizado. No entanto bebo as suas raras palavras, vivo aquele momento para o seu sorriso, e sobrevivo neste mundo que desconfio que tenta comunicar-me em dialectos que desconheço. Penso para mim que o que ambiciono é encontrá-la... Não a pessoa em questão, mas a silhueta da pessoa que no futuro me fará feliz. Se calhar é isso mesmo. É um beijo no canto do lábio que liberta as emoções que á muito fizeram o aquecimento e estão desejosas de jogar com o meu corpo. E assim sou traído pelos movimentos que cegamente faço, por ordem do meu cérebro que já se perdeu nas léguas percorridas pela minha alma. E isso não é justo. Pois tive a minha oportunidade e culpo a escolha a do meu coração que tão mal joga xadrez que deu check-mate a sí mesmo na primeira jogada...antes tivesse jogado a minha racionalidade, que ainda hoje estaria sobre o teu check...
Quero que saibas que te quero feliz. Quero que saibas que na minha sóbria consciência nunca tentarei corromper o equilíbrio que tão honrosamente ganhaste. Quero que saibas que espero ver todos os dias, o teu sorriso que traz consigo mais alguns raios de sol a esta realidade inundada de cinzento. Da minha parte, julgo ter-me esclarecido, e espero ter posto termo a toda esta espiral de confusão que labirinta dentro de mim. Não me resta mais do que agradecer-te por todas as novas emoções que me despertaste, e pedir desculpa pelas vezes no passado e no futuro que correspondi ao teu chamamento com a indecisão dos tolos. Sei que perdi um barco que partiu para um novo mundo, e já me arrependo de não estar contigo a partilhar as aventuras que te definem. Quem sabe um dia estaremos num cais e ao sabor do vento e de um copo vinho, possamos trocar as histórias que tatuaram o nosso ser. Para já, meto esta manifestação de carinho numa garrafa que lanço ao teu mar, na esperança de um dia a abrires e vislumbrares  algum sentido nas tortas linhas que escrevo. Um beijo eterno.

Sailing in the ink that flows through our history.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Lagrimas Secas

Tenho andado triste...tenho andado melancolico e nao sabia porque. Tenho andado a ver pessoas, ruas e arvores, quotidianos, vidas, e responsabilidades. Tenho andado a ver o mundo de outra forma, com menos energia, menos vontade, menos euforia. Tenho andado triste. E a escrita, neste caso, não é solução, pois dá vida aos sentimentos que nos percorrem, e quão nostálgicos e negros andam os meus. Por isso cada vez que escrevo sinto a folha a chorar por mim, e o lápis a tentar reconfortar-me oferecendo-me palavras bonitas mas mascaradas.
Tentei perceber o porquê desta situação, tentei por as culpas em algo pois ninguem se sente triste por nada, quanto muito está-se apático. Comecei por pôr as culpas no meu emprego reles, e no seu horário, depois pensei que poderia ser a faculdade e os atrasos que provocou na minha vida. Sempre a correr, sempre a esconder, sempre a querer evitar o assunto que me mal trata. Mas nao posso fugir mais, e tenho de aceitar. O meu problema é que ainda não chorei...Num estado sóbrio, num estado racional, num estado lúcido, ainda não passei horas a chorar, tenho andado a conter essa situação. Não sei ainda porque não o fiz, se é por falta da companhia certa, se é por ter vergonha de mim mesmo, o que é certo é que ainda não o fiz. Talvez por isso, por andar a conter o que sinto, esse mesmo sentimento destrói-me por dentro. E quando acho que o devia fazer, cai uma pequena gota que seca antes de me tocar nos lábios. E o estado de tristeza dá lugar á raiva e frustração por não conseguir chorar. Onde estão os meus lencois encharcados enquanto me martirizo em posição fetal? Onde anda essa libertação para que possa olhar pela minha janela normalmento outra vez? Por favor Racionalidade, deixa-me por uns momentos, deixa-me libertar o que sinto, deixa-me...
Já não peço para ser feliz, essa felicidade que desejo têm de ser construida por mim, tenho de lutar por ela, mas porra! Só quero poder acordar e pensar que o mundo tem infinitas possibilidades, que algures por ai vai estar o meu quinhão de alegria, em vez de estar em constante sofrimento inconsequente. Onde andam as minhas asas quando preciso delas...

Because we all have to cry sometimes...even if it is for the sake of living.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Uma perspectiva de raiva

Ui, á anos que não aparecia por aqui, á demasiadas luas que não me exteriorizava para um publico inexistente. Talvez porque apaguei uma parte de mim, e reescrevi-me a caneta. Não sei...Mas já que noutras alturas consegui apaziguar-me com o som do teclado a vibrar, talvez dê descanso á minha caneta, que tão confusa anda de mãos dadas com os meus sentimentos. Depois de pessoas e experiencias, já consigo escrever o que sinto sem ter de pensar nos caracteres que primo com a força da minha alma, com a cegueira do meu espirito, e pinto novas prosas versejando o que sinto.
E é por isso que aqui estou, para mais uma vez escoar sentimentos em forma de letras. Sei que voces (publico imaginário) nada sabem do que me aconteceu, mas o meu percurso foi tão enorme quanto o meu silencio, e revolucionou todas as minhas perspectivas (sim, mesmo as perspectivas nas maiores cegueiras). Aprendi a ser um ser humano. É engraçado olhar para trás e ver o que sentia, e perceber a imaturidade representada em fases adolescentes em que o mundo parece cair sobre mim, onde pior que eu não existe. Pois bem, já me vejo com outros olhos.
Cresci, aprendi, ensinei, e percebi. Conheci alguem, alguem que me mudou, que me tornou provavelmente, no que sou hoje, ou seja, apaixonei-me!Á séria!E esse capitulo durou grande parte dos anos ausentes deste blog. Não vou entrar em grande detalhe, pois se não o fiz, não vai ser agora que o vou fazer. Mas vim hoje aqui para descarregar um grande desconforto, alguma raiva até, completamente irracional mas intrínseca que se manifesta na minha cabeça. Esse alguem com quem estive, em muito se assemelhava a mim, inclusive nesta tresloucada paixão que é escrever e criar. E muitas palavras eram cúmplices da nossa paixão, muitas palavras foram proferidas e escritas em nomes inventados invocados pelo nosso amor. E é por isso que sempre as agarrei e aninhei no meu seio, como se fossem parte de mim. Dedicava-lhes tanto tempo e amor como se fossem por elas que estava apaixonado.
Infelizmente o nosso relacionamento não teve um final feliz, e caiu abraçado à ultima folha castanha de Outono. O problema é que essa pessoa ensinou-me a amar, a perceber realmente o significado de passar o resto da minha vida com alguém, e por isso estou-lhe eternamente grato. Sei que não a amei como devia, sei que não lhe atribui a real importancia que ela tinha, e só me apercebi disso durante o tempo em que o meu coração emanava a mesma temperatura que congelava a água nas minhas janelas, que imobilizava as minhas arvores despidas. E seguimos em frente, em caminhos paralelos mas não sobrepostos. E foi duro... é duro... mas ultrapassável, como qualquer relacionamento importante. Mais tarde vim a saber que ela conseguiu percorrer o seu caminho bem melhor que eu, e até conseguiu encontrar alguém que lhe despertava interesse. Obviamente que não foram as melhores noticias do mundo, e fiquei triste, sabendo que na realidade e sendo verdadeiro para comigo mesmo, apenas não estava à espera que ela conseguisse encontrar alguém antes de mim. Sempre pensei que seria eu a encontrar alguém, mas o peso desse relacionamento passado atrasou a minha passagem nestas folhas do destino, e consequentemente cheguei atrasado ao fim do capitulo.
Mas aguas passadas não movem moinhos, e novo rumo ergui como as velas de uma nau, prestes a descobrir o caminho marítimo para a Índia. Dei um novo sentido á minha vida, e atrevi-me a tentar descobrir aquela parte de nós que não conhecemos, aquele espirito e vontade que não julgavamos ter. A nossa poética cumplicidade passou a existir apenas nas palavras que eram embebidas por um estranho licor de amizade ao qual me fez especie ao inicio. Mas já alguem dizia "Primeiro estranhas, depois entranhas" e assim se sucedeu.
Então mas porque é que esta prosa vem acompanhada de uma perspectiva de raiva? Simples, desconhecido ao vosso saber, mas simples. Exactamente porque o nosso grande elo de ligação ser a escrita é que tomo todas as palavras proferidas na nossa direcção como uma especie de propriedade privada, algo nosso (meu, dela, mas sobretudo nosso) que existem como um poema arcaico que me lembra um longo capitulo da minha vida. Digamos que é demasiado pessoal para mim para ser partilhado. Não porque me embaraça perante outros mas porque o quero tomar como garantido na minha posse. Porque são palavras que me marcam, que ainda me provocam arrepios, que me humedecem os olhos, que põem o meu coração em brasa...secretamente. E naturalmente que esses pequenos rasgos de génio em tons de branco e preto foram publicados. Quer no nosso espaço comum, quer no nosso espaço pessoal. Acontece que no seu espaço pessoal foi publicado algo que considerava muito meu (nosso), talvez das expressoes que arriscaria dizer que nunca na minha vida as diria a ninguem sem ser a ela, sabendo dos direitos de autor que ela possui pois foi ela a autora de tal frase. Enfim, nunca escrevi nem nunca disse a tal frase a ninguem e dentro da racionalidade que me define, coloquei-me na posição egoista de que sempre que ela dissesse tal frase, seria algo dedicado a mim, dedicado á recordação de algo que tivemos, tal qual uma fotografia.
Lembram-se que ela se tinha interessado por alguem? Pois... essa pessoa encarnou a minha personagem, tornou-se num reflexo de algo nosso (meu), que me tirou o chão dos pés...Como foste capaz...? Como foste capaz de retirar uma essencia que nao era a tua, como foste capaz de servir um copo de um licor que me é familiar? Como é que se toma o lugar de alguem? Houve muitas coisas que aprendi e uma delas é que ninguem toma o lugar de ninguem. Tal como cada ser humano é diferente, também é o seu lugar na vida de alguem, não existem substitutos, não há alterações ao intervalo, e cada peça é representada pelo actor que lhe dá vida. Aaaarrrgh!!Que misto de raiva tão revoltante que sinto dentro de mim!!!!Raiva para com ele e raiva para comigo!!!!!Não sou desprovido de olhos e emoções, não sou metal que insignificante-mente olha para sentimentos, sou feito de carne e osso e por vezes (ainda que erradamente...) não consigo conter o que sinto...Desculpa...desculpa...a minha voz ergue-se mais alta que o ciume que sinto, e que vergonha é sentir ciume...que vergonha...
A vodka que bebo ajuda a liquefazer o que sinto...deixem-me em paz, deixem-me puxar de um cigarro para ver desvanecer a raiva e o ciume que tao egoísta me fazem, no fumo que expiro. Já passou...(já passou...suspiro a mim mesmo). Só quero adormecer, so quero ficar inconsciente para acordar fresco e me rir ao recordar o que escrevi... E por favor cérebro, não me deixes adormecer com esta tinta no meu sangue.

Always yours S.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Ultima vez...

Dizem que um dia te vais apaixonar. Dizem que todos nós nascemos com uma asa, e que lutamos a vida toda para descobrir a pessoa que detém a outra asa, a única que pode formar juntamente com a nossa, o par perfeito (daí eu ter dito o que disse a quem disse...). Dizem até que existem almas gémeas. Eu dizia isso...mas é mentira. Dizem que o Amor é a única droga que existe que todas as pessoas devem provar, devido ao seu toque doce. Pois eu sinto-me como outro qualquer viciado na rua que apenas deseja mais uma dose...Dizem até que o Amor, vejam só, pode durar uma vida inteira!Que falácia!Não pode ser possivel...pois eu conheci a minha outra asa. E sim, eu tenho a certeza...como? É muito simples na realidade, ela era perfeita. Em tudo, em tudo o que eu queria que ela fosse perfeita, ela era, até no nome, sim, até no nome, pois eu sempre sonhei casar com uma rapariga com aquele nome. Tolices de adolescente. Para mim ela era impossivel de existir mas existiu, e eu conheci-a, e caí nos seus encantos. Ela nunca me pediu tal coisa, tal como eu queria que ela nunca me pedisse. E chego a conclusão inicial. O Amor nao existe, não pode existir, é apenas uma farsa criada pela mente humana para apaziguar a melancolia da vida. Ahh e quão melancólico estou eu!
Sempre pensei que as pessoas que tinham dons, so podiam ser magoadas por outras pessoas que detêm um dom semelhante, assim como só um poeta consegue magoar outro poeta, assim como um super-herói so pode ser magoado por um super-vilão, e assim...e assim como um romantico pode ser magoado por uma romantica.
Porque não é possível eu gostar tanto de alguém e esse alguém não gostar de mim. Não é possivel alguem ser tão perfeito depois dos inumeros testes que a fiz passar, obter resultados tão perfeitos, e mais do que isso, obte-los sem saber, porque simplesmente essa pessoa é assim...perfeita para mim. E como é que a pessoa perfeita para mim, dentro de todas as pessoas existentes, não me acompanha neste sentimento? Será que é isso o Amor??Uma parcialidade de perfeição combinada com uma aceitação geral? Não pode ser...simplesmente não pode, e por isso deixei de acreditar no Amor...
Obviamente que se trata de uma opniao pessoal mas se alguem conhece de facto o Amor, eu imploro para que fale comigo, me explique, me ensine, me ensine a ver, a acreditar, porque tudo o que este mundo me tentou dar, foram mentiras, dor, e solidão. Já não confio neste mundo, nas suas tentativas eternas de nos tornar miseráveis...Daí o titulo do livro de Victor Hugo..."Os Miseraveis"...e embora se trate de uma opnião pessoal, não se trata do que eu quero, nao se trata dos meus sonhos dos meus sentimentos, das minhas cruzadas, das minhas aventuras...das minhas conquistas e das minhas derrotas...Trata-se do que é justo!!!E não é justo para mim...leiam este blog e vejam quantas vezes não foi justo para mim e é justo para quem não merece...mas eu não me consigo tornar outra pessoa apenas para poder ser feliz, porque eu vou ser feliz como eu sou, com os valores morais que eu detenho! Com estas maos, com este cabelo, com estes olhos, com que eu represento, eu vou ser feliz! Peço apenas que não o seja, sozinho!

And after all, How do you keep Love alive?

domingo, 17 de janeiro de 2010

Up side down

Boas Noites caros leitores. Após muito muito tempo, voltei aqui, a este espaço só meu mas ao mesmo tempo um espaço para todos. Como todos aqueles que lêem o meu blog, ou melhor, liam o meu blog pois ja nao estou cá á algum tempo, sabem, este espaço é utilizado pela minha pessoa para falar sobre o que se passa dentro de mim. Normalmente escrevo neste blog as minhas (des)aventuras amorosas ou simplesmente estados de espirito. Pois não só me fartei do papel e da caneta (sim, porque continuei a escrever) como me senti melhor a escrever no meu Jardim do Eden que é este blog. Aqui nao tenho de me importar com nada e ainda tenho o orgulho de poder mostrar o que sinto e, sei la, talvez ajudar ou pelo menos mostrar a alguem que todos temos sentimentos iguais ou parecidos.
Desta vez a causa dos meus problemas é invariavelemnte uma rapariga. Conheci-a á uns dois meses mais ou menos, numa altura em que posso dizer que não só não andava á procura de ninguem em especial como ate...humm...andava a satisfazer o meu desejo de prazer com alguma regularidade. Uma altura bastante peculiar e unica na minha vida, pois nunca me tinha acontecido e deu para me conhecer um bocadinho melhor apesar de me conhecer á 22 anos. Continuando, quando a conheci houve logo algo que me chamou a atenção nela, mas devido a certas circunstancias da minha vida, nao liguei muito no inicio...ate pensei que ela nao suportava a minha presença. Mas os dias foram passando e desde cedo que comecei a olhar com outros olhos, parecia que o meu coracao e a minha mente estavam a chamar a atencao dos meus olhos, para a obsevar minuciosamente, e descobri detalhes raros que me fascinam...e pronto...lá caí eu daquela escada em espiral romantica que é o meu ser. Apaixonei-me, aproximei-me (descobri que ela ate apreciava a minha presença), e deixei os meus sentimentos fluir, se calhar, ate um pouco depressa demais mas nao consegui evitar. Disse lhe até que ela poderia ser "a tal", sem ter recebido nunca uma resposta do mesmo calibre dos meus sentimentos. Disse-me que não sentia o mesmo que eu, mas ainda assim parti para a batalha de espada na mão, pronto a erradicar todos demónios do meu passado. Não sei sinceramente se isso estava dentro dos planos dela, mas deixou-me tentar, deixou-me lutar, sempre foi fiel á transparencia e nunca me deu ilusoes. Quem criou esse mundo de fantasia onde tudo é possivel foi a minha mente...pensando melhor ate acho que foi o meu coração. Tudo batia certo, tudo nela me fascinava, tudo nela me dizia que era perfeita. Mas apesar do longo e incerto caminho que percorri, mantive a minha sanidade, e consequentemente desisti da batalha pois desde o inicio que estava perdida. E durante umas eternas 4 horas da minha vida, voltei a praguejar contra os deuses, voltei a amaldiçoar a condição humana que ridiculariza o meu ser e o meu coração. Não percebia, nem percebo, porque é que não posso ter uma hipotese de ser feliz, de fazer alguem feliz. Enfim, no final desse tempo voltei a ser quem era, e no dia seguinte acordei fresco para começar (outra vez) uma nova etapa na minha vida. Obviamente que nao perdi o contacto com ela, pelo contrário, estamos mais amigos que sempre mas obviamente que quando se sente que aquela pessoa pode ser a tal, não conseguimos apagar esses sentimentos facilmente. Felizmente consigo por a nossa amizade á frente, ou não seria eu a pessoa que sou, racional até ao fim. Mas...precisava de desabafar...em tao pouco tempo ja me habituei tanto a que ela faça parte da minha vida que ate me espanto a mim mesmo. Será que devo continuar a lutar clandestinamente?Será que devo parar e agradecer apenas a amizade que criei? Obviamente que já agradeço, mas confesso que tem sido particularmente dificil esquecer aquilo sentia, apesar de já nao o demonstrar tanto como demonstrava...Confesso que nao me sinto mal, nem estou a passar por uma fase negativa, pelo contrario...simplesmente estou confuso, e isso é raro acontecer em mim. Será que devo continuar a minha caminhada para eliminar os horrores do passado, tanto dela como do meu? Será que devo continuar, porque ás vezes o coração é mais forte que a mente? Será que devo continuar porque também mereço ser feliz? Sera que devo continuar porque acima de tudo ela merece ser feliz?? Ou será que devo parar...parar e ver tudo com menos côr, tudo a ficar em camara lenta, e lentamente apagar uma pequena porção de felicidade em que me viciei e que nao quero largar...ahh, o sorriso dela...foi o inicio do meu vicio...condicionei a minha vida (dentro dos limites que eu acho razoaveis) para a poder fazer o mais feliz possivel, e sempre que ela me sorria, sentia-me orgulhoso de mim proprio.
Vou voltar para a cama...acordei e vim escrever porque até os meus sonhos são sobre a confusão que se instalou dentro de mim. Vou dormir e esperar que sonhe que estou com ela, e que finalmente estamos bem um para o outro, pois embora eu reconheça a impossibilidade do momento, sabe tão bem sonhar!!

I thank the foolish nature of the humam dreams

segunda-feira, 30 de março de 2009

O Pacto

O Sol nasce e rompe uma antiga Era. Pois quem outrora se regojizava com a imortalidade que detinha, ou com a eternidade dos seus actos, foi corrompido pela certeza que jurava ter de supremacia. E assim nasceu a vingança. Um novo ser nasceu, e desfrutou de uma força desconhecida. Os horizontes espandiram-se, a luz do sol carregava uma nova esperança, e o brilho da lua uma nova determinação. Os trilhos das florestas imploravam para serem caminhados e os rios gritavam para serem explorados, mas nada disso faria mover o objectivo deles. As suas noites gloriosas ao som de cascos de cavalos, o crepitar dos fogos, e por fim, o suave som da pele a ser rompida pelos seus dentes...ahhh que doces vitorias, onde o sangue dos seus inimigos era posto a prova e no final, "provado"!
Entre amigos e inimigos, o Pacto foi forjado, garantindo a vida aos mais fracos, e o fim da disputa de sangue entre os mais fortes. Muitos almejaram esse dia, onde a tinta e a caneta se revelaram mais uma vez mais fortes que a espada, mas sem esquecer o esforço necessário para que tal pudesse acontecer. Assim, noite e dia fundiram-se, criando um Pacto que os manteria vivos, talvez por mais uns séculos. O calor do sol queimava as investidas diurnas, e por sua vez, o negro da noite era a mais perfeita camuflagem para se defenderem. Ambos desejavam o sangue do seu adversário, mas sabiam que apenas o podiam fazer por turnos. Até...até os seus inimigos atacarem dia e noite!
Estórias e canções contam muitas lendas, contam muitos feitos e quase sempre exagerados ou tento como base um fundo por vezes inimaginável. Mas o Pacto existe, sempre existiu e sempre há-de existir. Se calhar agora já não é sangue que eles procuram, já não são as vitórias, mas eles aliaram-se e ainda continuam ai...ahahah a noite e o dia juntaram-se para eliminar toda a certeza que corrompe a alma, mesmo as deles...toda a certeza que domina o dia e a noite, mas talvez...talvez a prata ou o sol os consigam extinguir, talvez os consigam dominar, talvez...ou talvez não.

Don't be fooled for the future, learn the past, and act in the present.