domingo, 17 de janeiro de 2010

Up side down

Boas Noites caros leitores. Após muito muito tempo, voltei aqui, a este espaço só meu mas ao mesmo tempo um espaço para todos. Como todos aqueles que lêem o meu blog, ou melhor, liam o meu blog pois ja nao estou cá á algum tempo, sabem, este espaço é utilizado pela minha pessoa para falar sobre o que se passa dentro de mim. Normalmente escrevo neste blog as minhas (des)aventuras amorosas ou simplesmente estados de espirito. Pois não só me fartei do papel e da caneta (sim, porque continuei a escrever) como me senti melhor a escrever no meu Jardim do Eden que é este blog. Aqui nao tenho de me importar com nada e ainda tenho o orgulho de poder mostrar o que sinto e, sei la, talvez ajudar ou pelo menos mostrar a alguem que todos temos sentimentos iguais ou parecidos.
Desta vez a causa dos meus problemas é invariavelemnte uma rapariga. Conheci-a á uns dois meses mais ou menos, numa altura em que posso dizer que não só não andava á procura de ninguem em especial como ate...humm...andava a satisfazer o meu desejo de prazer com alguma regularidade. Uma altura bastante peculiar e unica na minha vida, pois nunca me tinha acontecido e deu para me conhecer um bocadinho melhor apesar de me conhecer á 22 anos. Continuando, quando a conheci houve logo algo que me chamou a atenção nela, mas devido a certas circunstancias da minha vida, nao liguei muito no inicio...ate pensei que ela nao suportava a minha presença. Mas os dias foram passando e desde cedo que comecei a olhar com outros olhos, parecia que o meu coracao e a minha mente estavam a chamar a atencao dos meus olhos, para a obsevar minuciosamente, e descobri detalhes raros que me fascinam...e pronto...lá caí eu daquela escada em espiral romantica que é o meu ser. Apaixonei-me, aproximei-me (descobri que ela ate apreciava a minha presença), e deixei os meus sentimentos fluir, se calhar, ate um pouco depressa demais mas nao consegui evitar. Disse lhe até que ela poderia ser "a tal", sem ter recebido nunca uma resposta do mesmo calibre dos meus sentimentos. Disse-me que não sentia o mesmo que eu, mas ainda assim parti para a batalha de espada na mão, pronto a erradicar todos demónios do meu passado. Não sei sinceramente se isso estava dentro dos planos dela, mas deixou-me tentar, deixou-me lutar, sempre foi fiel á transparencia e nunca me deu ilusoes. Quem criou esse mundo de fantasia onde tudo é possivel foi a minha mente...pensando melhor ate acho que foi o meu coração. Tudo batia certo, tudo nela me fascinava, tudo nela me dizia que era perfeita. Mas apesar do longo e incerto caminho que percorri, mantive a minha sanidade, e consequentemente desisti da batalha pois desde o inicio que estava perdida. E durante umas eternas 4 horas da minha vida, voltei a praguejar contra os deuses, voltei a amaldiçoar a condição humana que ridiculariza o meu ser e o meu coração. Não percebia, nem percebo, porque é que não posso ter uma hipotese de ser feliz, de fazer alguem feliz. Enfim, no final desse tempo voltei a ser quem era, e no dia seguinte acordei fresco para começar (outra vez) uma nova etapa na minha vida. Obviamente que nao perdi o contacto com ela, pelo contrário, estamos mais amigos que sempre mas obviamente que quando se sente que aquela pessoa pode ser a tal, não conseguimos apagar esses sentimentos facilmente. Felizmente consigo por a nossa amizade á frente, ou não seria eu a pessoa que sou, racional até ao fim. Mas...precisava de desabafar...em tao pouco tempo ja me habituei tanto a que ela faça parte da minha vida que ate me espanto a mim mesmo. Será que devo continuar a lutar clandestinamente?Será que devo parar e agradecer apenas a amizade que criei? Obviamente que já agradeço, mas confesso que tem sido particularmente dificil esquecer aquilo sentia, apesar de já nao o demonstrar tanto como demonstrava...Confesso que nao me sinto mal, nem estou a passar por uma fase negativa, pelo contrario...simplesmente estou confuso, e isso é raro acontecer em mim. Será que devo continuar a minha caminhada para eliminar os horrores do passado, tanto dela como do meu? Será que devo continuar, porque ás vezes o coração é mais forte que a mente? Será que devo continuar porque também mereço ser feliz? Sera que devo continuar porque acima de tudo ela merece ser feliz?? Ou será que devo parar...parar e ver tudo com menos côr, tudo a ficar em camara lenta, e lentamente apagar uma pequena porção de felicidade em que me viciei e que nao quero largar...ahh, o sorriso dela...foi o inicio do meu vicio...condicionei a minha vida (dentro dos limites que eu acho razoaveis) para a poder fazer o mais feliz possivel, e sempre que ela me sorria, sentia-me orgulhoso de mim proprio.
Vou voltar para a cama...acordei e vim escrever porque até os meus sonhos são sobre a confusão que se instalou dentro de mim. Vou dormir e esperar que sonhe que estou com ela, e que finalmente estamos bem um para o outro, pois embora eu reconheça a impossibilidade do momento, sabe tão bem sonhar!!

I thank the foolish nature of the humam dreams

Sem comentários: